É, Cacá, você não se foi, você continua vivo dentro de nós.
Continua vivo na lembrança de seus alunos, nos quais o gosto por ensinar você despertou.
Renasce em cada mãe preocupada com os filhos que frequentam nossas belas, porém inseguras cachoeiras, tão amadas por você.
Está vivo naqueles que, hoje, repensam atitudes arriscadas e não mais se aventuram sozinhos por trilhas, pela vida...
Continua vivo no coração daquela mãe que também perdeu seu filho e encontra, em nossa luta, forças para também lutar contra a tristeza, lutar para mudar.
Cacá, você está presente no amor da amiga que, em meio a lágrimas, pensa em um dia te encontrar.
Está vivo nos jovens que mesmo com todo tempo, sabem que não se deve adiar felicidade, ela é aqui e agora.
Vivo na moça mineira que é louca por cachoeira e passou a te amar...
Vivo nas músicas, no rock que você adorava escutar, e que, agora, as nossas lembranças estão a embalar...
Vivo no mundo que você queria explorar e que, entre cinzas e lágrimas, continuamos a te levar...
Vivo no amor incondicional do tio para quem o amor extrapola a presença física e continua exageradamente a te amar...
Você continua vivo, estampado no sorriso tímido de seu pai, no coração de sua irmã e nas histórias da avó...
Está dentro de mim, me fazendo enxergar que não adianta endoidar. Mesmo sabendo que é cruel, só nos resta aceitar e amar, e amar...
É, Cacá, você não passou, você ficou. Até um dia...
Por Virgínia Miranda
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