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  • Foto do escritorCachoeiras Seguras

O relato de uma mãe que perdeu a filha em uma cachoeira


Resgate de Kethleen Isabel Sousa dos Santos Medeiros

Cachoeiras são, sem dúvida, belos fenômenos naturais. Mas são, também, perigosas e dramáticas quedas d’água, que, dependendo do volume e velocidade da água, tornam suas beiras rochosas extremamente escorregadias. Em quaisquer circunstâncias, a atenção quando em uma cachoeira, deve ser constante.


Na Campanha #cachoeirasseguras chamamos atenção, insistentemente, para a necessidade de estrutura de segurança em cachoeiras que recebem a população para atividades recreativas. É mais que urgente que tenhamos equipes de resgate rápidas e bem equipadas, pessoal médico, salva-vidas, sinalização e fiscalização, assim como programas de conscientização de riscos, campanhas informativas para o público consumidor.


Na região entorno do Distrito Federal, cachoeiras têm sido palco de inúmeros acidentes fatais. A história da perda de Kethleen Isabel, de 12 anos, em outubro de 2017, é emblemática, demonstrando a precariedade do serviço de socorro e das condições do local. Sua mãe, Katiane de Araújo Sousa Medeiros, nos enviou um relato, contando o que aconteceu naquele dia, talvez um dos dias mais difíceis de sua vida, horas intermináveis que jamais serão esquecidas. Katiane, desde então, participa do grupo de apoio virtual "Nossa Vida Continua", uma maneira de lidar com sua dor, conversando com mães que também passaram por perdas.


“No dia 13 de outubro de 2017 levei meus filhos para um passeio para comemorar o dia das crianças. O lugar - Cachoeira do Poço Azul - foi escolhido por toda a família e principalmente pela Kethleen, minha filha. Estávamos em um grupo de seis pessoas, todas alegres. Por volta das 14:30 minha filha kethleen e todos nós estávamos em um local raso no Poço Azul, tínhamos acabado de almoçar, menos a Kethleen que não quis comer nada. Numa fração de segundo, ela se virou para pegar uma toalha e se sentar na pedra, quando escorregou e caiu do outro lado, tendo traumatismo craniano e uma hemorragia interna… Eu a socorri durante 2 horas e 20 minutos até a chegada dos Bombeiros. Nós ligamos pedindo que fosse enviado um helicóptero, mas chegaram 3 viaturas dos Bombeiros e só depois foi acionado o helicóptero.  Entreguei minha filha viva para os Bombeiros, mas, por falta de equipamentos adequados, como: oxigênio e medicação para conter a hemorragia,  ela não aguentou e veio a óbito” - por Katiane Medeiros




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