Lemos alguns diálogos em grupos de profissionais e praticantes de esportes radicais nas Redes Sociais, infelizmente de cunho irônico, pretendendo questionar o adjetivo “aventura” associado ao esporte ou ao turismo.
É excelente que profissionais e clientes discutam conceitos, mas uma coisa é fato: no Mercado do Turismo são oferecidos produtos e serviços que incluem as atividades descritas abaixo e é um mercado em pleno aquecimento e divulgação.
O risco é inerente a essas atividades e é o elemento de atração; o aumento da demanda só amplia esse risco; o aumento no número de acidentes é seu sintoma mais visível.
Empreendedores, autoridades e clientes precisam aprofundar as discussões sobre segurança e risco no setor turístico.
TURISMO DE AVENTURA é nomenclatura assumida em Faculdades de Turismo, também pelo Ministério do Turismo brasileiro desde os anos 2000 quando a Pasta ainda funcionava como Ministério do Esporte e Turismo. É nomenclatura adotada também por organismos internacionais como a OMT (Organização Mundial do Turismo) e TIES (Sociedade Internacional de Ecoturismo). Suas atividades relacionadas ou oferecidas no Mercado do Turismo incluem vários esportes (como Rafting, rapel, mountain bike etc.) além de trekking, cachoeiras e outras atividades consideradas menos arriscadas.
A diferença entre turismo e esporte é o caráter recreativo, não competitivo no setor do turismo.
É preciso que fique claro que: uma coisa é o profissional nos vários esportes, no âmbito do esporte; e outra coisa é esse tipo de esporte ser oferecido como atração em pacotes turísticos para o público em geral, e aí vem a necessidade premente de estruturação, projetos de segurança, treinamento de profissionais e cursos preparatórios para quem se aventura. O aumento da demanda por um turismo que oferece atividades de risco é grande e mesmo no âmbito do esporte os acidentes têm aumentado.
Risco evitável deve ser evitado. Inúmeras atividades humanas são arriscadas, essa não é uma característica exclusiva do Turismo de Aventura, além disso é o seu atrativo, mas evitar riscos evitáveis, divulgar informação e melhorar a qualificação (de profissionais e de clientes) além da gestão de segurança são medidas mínimas e imprescindíveis.
-> “Turismo de Aventura Orientações Básicas”, Ministério do Turismo (Brasil) http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Turismo_de_Aventura_Versxo_Final_IMPRESSxO_.pdf
Comments